Comandante do Exército dispara tuítes e muda patamar do mecanismo
As mensagens no Twitter (leia aqui) disparadas pelo general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, cruzaram a linha. Avançaram o sinal. Mas não parece que atravessaram o passo. Disse, em síntese, à véspera de decisão crucial do Supremo : “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais.”
A politização que há tempos se apoderou de instituições que dela deveriam se preservar, como o STF, era visível nas Forças Armadas, mas parecia contida. Agora explicita-se via rede social, à la Trump, pela conta do comandante, que se mostrava, ao menos, inclinado a manter equilíbrio e aparências.
A manifestação ganhou “likes” e salvas exclamativas de setores relevantes da elite da tropa. E direito, cercado de paranóias e mistificações, a encerramento do Jornal Nacional.
A impressão é a de que o mecanismo mudou de patamar. As apreensões são crescentes.
Para fazer uma piada tipo dói quando eu rio: Enéas, coitado, perdeu uma oportunidade histórica. Mas foi um visionário.