Blog do MAG https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br Thu, 30 May 2019 23:56:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 A abstinência de Copa e o deslocamento de nosso complexo de vira-lata https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/a-abstinencia-de-copa-e-o-deslocamento-de-nosso-complexo-de-vira-lata/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/a-abstinencia-de-copa-e-o-deslocamento-de-nosso-complexo-de-vira-lata/#respond Wed, 04 Jul 2018 22:13:54 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/15296767015b2d039d7b8e7_1529676701_3x2_md-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=814 Liguei o Sportv nesta quarta, final da tarde, e deparei-me com um sensacional Coritiba x Paysandu. Minha síndrome de abstinência de Copa deu um passo rumo à depressão. Para quem gosta de futebol e para quem gosta de grandes eventos que mobilizam o planeta, é difícil largar a mamadeira. Cold turkey.

Dois dias sem Copa, meu Deus, não estava preparado para isso. Esperemos que na volta, as coisas saiam bem para a seleção brasileira e a gente deixe a adição feliz, com um caneco na mão.

Mas creio que essa Copa marcou uma diferença no modo como o Brasil encara a grande disputa  internacional do esporte mais popular do mundo. Do lado do futebol, muita coisa mudou, a principal delas o processo de globalização que se consolidou na Europa, onde times são multinacionais e com frequência melhores do que muitas seleções. Algumas partidas dessa Copa, em termos técnicos e competitivos, não pegavam nem Série A do Brasileirão, quem dirá Champions League.

A outra é que o nosso complexo de vira-lata já não reside mais no futebol ou não se desfaz mais com ele. Não sublima mais. Já somos os melhores nesse troço. Reside agora na nossa incapacidade de passar de fase no campeonato social e econômico. É evidente que o Brasil nesses campos tem tudo para avançar, mas os dirigentes só atrapalham.  Todos sabemos que temos condições potenciais de sair da fase de grupos. Infelizmente somos desorganizados, treinamos mal e tomamos muitos gols contra.

O que vejo é uma certa moderação ou modulação do investimento cívico de boa parte da sociedade na ideia de ganhar a Copa. O futebol vai se tornando, possivelmente, “apenas” futebol (as aspas são porque o futebol é muito rico e cheio de conexões e nunca é apenas futebol).

É bom que caminhemos nesse sentido. Mas esquecendo o resto, em se tratando de bola rolando no gramado, queremos é mais!

 

Foto no alto – Neymar e Coutinho na partida contra a Costa Rica, na fase grupos – Max Rossi / Reuters

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Osorio, treinador do México, perdeu uma grande chance de ficar calado https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/osorio-treinador-do-mexico-perdeu-uma-grande-chance-de-ficar-calado/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/osorio-treinador-do-mexico-perdeu-uma-grande-chance-de-ficar-calado/#respond Tue, 03 Jul 2018 03:20:31 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/15305456995b3a4623a887d_1530545699_3x2_lg-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=799 O treinador Juan Carlos Osorio, da seleção mexicana, perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado. Depois da insofismável derrota de seu time para os brasileiros, saiu-se com um chororô lamentável na entrevista coletiva.

O colombiano disse que os quatro minutos de paralisação do jogo por conta de “um jogador” foi uma vergonha para o futebol e que a arbitragem, ao permitir interrupções, foi responsável pela quebra do ímpeto inicial de sua equipe.  Osório não citou o nome, mas referia-se a Neymar –que engoliu a bola e o México. O técnico esqueceu de dizer que o responsável pela interrupção foi, na realidade, quem pisou no tornozelo do craque brasileiro quando ele estava caído fora de campo.

Osório disse mais bobagens: que Neymar seria um mau exemplo para as crianças, que futebol é jogo viril, para homens, e que sua equipe controlou a partida por ter tido mais de posse de bola.

Bem. Neymar pode até ter feito algum teatro, mas ele foi a vítima e a dor é dele. Mau exemplo mesmo quem deu foi a seleção mexicana, que cometeu 17 faltas, contra 6 do Brasil –sem falar da demonstração de fair play que é pisar num adversário  no chão.

Sobre futebol ser jogo viril e para homens, sem comentários. Esperemos que o professor tenha pensado em dizer outra coisa e se enrolou.

Quanto a controlar o jogo por ter 51,4% de posse, contra 48,6% do Brasil, basta lembrar a Espanha, a seleção que mais deteve bola na Copa e foi desclassificada, como foram os mexicanos. Osorio levou um banho de bola tático, físico e técnico. Seu time cansou e foi envolvido pelos brasileiros. Tite deu aula.

Todos criticamos Neymar no início da competição por atitudes que pareciam mesmo equivocadas. Mas nos dois últimos jogos, ele tratou de jogar bola. E muita bola.

Ainda assim permanece essa onda patética de marcação sobre ele. Aliás, o ator Matthew Lewis, o Harry Potter, usou essa palavra numa rede social para definir a grande estrela do Brasil e da Copa. Patético. Outros também atacaram o brasileiro. Caso do conterrâneo de Lewis, o grande artilheiro inglês Gary Lineker.

Como assim?  E ninguém vai falar sobre o fato de Neymar estar sendo caçado em campo? É o jogador que mais levou faltas. Antijogo e violência não devem ser criticados?

Será que vi uma ponta de inveja nos comentários dos dois britânicos? Tudo bem que os ingleses inventaram o futebol, mas daí a querer acabar com ele vai uma distância.

 

FOTO – Neymar comemora seu gol contra o México – Fabrice Coffrini/AFP

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Espanha borda, borda, e Rússia passa; melhor morrer de vodca do que de tédio! https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/01/espanha-borda-borda-e-russia-passa-melhor-morrer-de-vodca-do-que-tedio/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/01/espanha-borda-borda-e-russia-passa-melhor-morrer-de-vodca-do-que-tedio/#respond Sun, 01 Jul 2018 17:10:43 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/15304643385b39085291270_1530464338_3x2_lg-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=785 Já tivemos manhãs dominicais menos modorrentas. Rússia e Espanha fizeram uma partida entediante. Das mais chatas da  Copa. Sim, tivemos peladas na fase de grupos, mas nas oitavas as coisas deveriam melhorar. Os russos são grossos e os ibéricos “phynos” demais. Bordam, bordam e não saem do bordado.

A vitória da Rússia foi merecida no final das contas.  E alegra o país. É motivo de festa para os donos da casa. Como dizia o poeta Vladimir Maiakóvski (1893-1930), é melhor morrer de vodca do que de tédio!

A chave do Brasil ficou com a tradição. Terá certamente um campeão mundial na semifinal. Talvez dois, o que poderia ser uma espécie de final antecipada. Do outro lado, a promessa de renovação. Croácia? Colômbia? Mesmo uma Inglaterra, que tem seu título, apareceria como novidade, dadas as performances depois de 1966.

Vamos ver o que sai dessa matriosca!

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