Blog do MAG https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br Thu, 30 May 2019 23:56:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Yes, nós somos bananas https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2019/03/20/yes-nos-somos-bananas/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2019/03/20/yes-nos-somos-bananas/#respond Wed, 20 Mar 2019 19:02:20 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2019/03/TRUMP-BOZO-320x213.jpg https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=1163 Como uma excursão de pré-adolescentes deslumbrados à Disney, a delegação governamental do Brasil, liderada por Jair Bolsonaro e seu filhote, Kid Edward, foi visitar os Estados Unidos para oferecer ao mundo um espetáculo de subserviência. Já aviso logo à turba bolsonarista das redes sociais que não compartilho do antiamericanismo dogmático de alguns setores da esquerda, não culpo os americanos por nossos próprios problemas de desenvolvimento, gosto da democracia liberal e preferiria morar em Nova York do que em Pequim, Teerã, Caracas ou Havana.

Posto isso, foi um show de bananice de nos deixar envergonhados. Num festival de concessões de ocasião, sem contrapartidas palpáveis, o governo brasileiro encenou mais uma opereta de amadorismo e deficit intelectual.

O embaixador lelé deu chilique porque  Kid Edward foi encontrar com o ídolo supremo da turma e ele ficou do lado de fora, coitado. O ministro da Economia, Paulo Guedes, num discurso constrangedor, suplicou aos EUA que deixassem o Brasil entrar na OCDE, porque agora “a gente pula com a perna direita”. Vocês são o único obstáculo a isso –choramingou, dirigindo-se a Tio Sam. E arremarou: “Mas se não der, tudo bem”….

Natural que se noticie a insatisfação dos generais com o passeio. Pelo menos têm o mínimo de noção de organização, estratégia etc. Todas as melhores tradições de nossa diplomacia foram para a lata do lixo. Sem nenhuma altivez (a palavra, destaco aqui, era usada pelo general Geisel, na época da ditadura, para definir a atitude que o Brasil deveria ter diante dos EUA), Bolsonaro e suas pulgas amestradas enfiaram os pés pelas mãos.

Talvez esperando pelo ingresso na Otan (imagino o capitão fazendo arminha para Trump, que devolve a mímica com soquinhos), o presidente aderiu à retórica intervencionista americana contra a Venezuela, em afronta ao bom senso e à linha histórica do Itamaraty.

A pataquada, como se sabe,  contou com o patrocínio jeca de Olavo de Carvalho, o ideólogo red neck que parece fixado em sexo anal  (mais uma vez ele tocou no assunto ao dizer, em entrevista, que estava  “com o cu na mão”). O fato de que seja conhecido como “guru de Bolsonaro” diz muito sobre a estatura desse personagem sinistro. Terminada a excursão, vamos agora esperar o novo eletrizante episódio de nossa “Loucademia de Milícia”.

 

FOTO AO ALTO – Bolsonaro e Donald Trump se cumprimentam durante entrevista coletiva no jardim da Casa Branca – Tia Dufour/White House

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Tuíte de Eduardo exemplifica miséria mental do clã Bolsonaro https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2019/03/02/comentario-de-eduardo-bolsonaro-exemplifica-miseria-mental-do-cla-bolsonaro/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2019/03/02/comentario-de-eduardo-bolsonaro-exemplifica-miseria-mental-do-cla-bolsonaro/#respond Sat, 02 Mar 2019 23:34:55 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2019/03/15511142085c741fe0ebcf8_1551114208_3x2_lg-320x213.jpg https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=1107 Não se pode esperar grande coisa da malta fanatizada e desmiolada que frequenta redes sociais para alimentar guerras políticas e ideológicas. Os rinchos desse tipo de militância são conhecidos. Não seria de esperar que o tom fosse modulado para comentar o episódio da breve soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comparecer ao velório de seu neto.

O que em condições normais poderia, sim, causar espanto seria um deputado federal, filho do presidente da República, liderar o coro da palermice em momento tão delicado. Mas o que hoje podemos considerar normal? À luz dos padrões vigentes, num país que levou ao poder sumidades da ralé política, intelectual e moral, Eduardo Bolsonaro é apenas mais uma criatura repelente do pântano em que nos atolamos.

Seu comentário no Twitter, que ignora a lei (presos podem sair nesses casos) e também as regras básicas de convívio humano e democrático, não deixa dúvida sobre quem é o parlamentar conhecido por bajular Donald Trump e se entender com milicianos:  “Lula é preso comum e deveria estar num presídio comum. Quando o parente de outro preso morrer ele também será escoltado pela PF para o enterro? Absurdo até se cogitar isso, só deixa o larápio em voga posando de coitado.”

Os “garotos” Huguinho, Zezinho e Luizinho Bolsonaro seriam apenas personagens extravagantes não fossem exemplo da miséria mental e dos costumes do clã do presidente -que se comporta perigosamente como dono do Brasil.

Até aqui, Bolsonaro, o pai, preferiu silenciar sobre Lula. Melhor. Como disse Romário sobre Pelé, calado é um poeta. Sua incontinência verbal já levou conselheiros e interlocutores políticos a preparar um plano para limitar os comentários do mandatário sobre a reforma da Previdência –o principal  assunto que ainda leva o establishment a aturar esse despautério no poder.

FOTO NO ALTO – Eduardo Bolsonaro em companhia de Steve Bannon, ex-assessor estratégico de Donald Trump, ideólogo do populismo nacionalista de extrema direita

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Trump e Kim, a diplomacia capilar :) https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/03/09/trump-e-kim-a-diplomacia-capilar/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/03/09/trump-e-kim-a-diplomacia-capilar/#respond Fri, 09 Mar 2018 04:16:52 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/432C38AA00000578-4782690-image-a-79_1502472244955-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=486 Kim Jong-un acenou e Trump aceitou um encontro para discutir o futuro das Coreias. Não há solução sem Coreia do Norte e EUA na mesa. Por um lado, o líder norte-coreano, que passou de caricatura a estrategista,  acusou o golpe das sanções; por outro, Mr. Trump acusou a inevitabilidade do domínio nuclear bélico por parte do “rocket man on a suicide mission”.  Ao que parece estamos assistindo ao primeiro gesto para aparar um problema cabeludo que cresceu na Guerra Fria. 

Tem gente bem mais competente do que eu para falar disso, embora no recente período que passei em Nova York tenha acompanhado de perto as escaramuças e percebido, apesar do tom alarmista de muitos, que a paranoia da guerra nuclear poderia ser compreensível, mas só isso. Até entrevistei um especialista do Partido Republicano sobre esse assunto, veja aqui. A ideia, dizia ele, era chegar à mesa de negociação, embora Trump como Kim, desse sinais de que não queria papo.

Na verdade, fiz esse post porque me lembrei que o corte de cabelo de Kim virou, há alguns anos, onda cool  em círculos divertidos de NYC. Uma vez, no Brooklyn, vi cartazes de um “barbershop” que prometia entregar aos interessados  o  sensacional cabelinho da figura.

Já o corte de Trump, que não é para principiantes, parece mais difícil de imitar e de manter do que o da Farrah Fawcett. É o anti-estilo pragmático americano. Deve dar um trampo – sem trocadilho.

Bem, teremos proximamente ao menos uma cúpula capilar digna de registro.

A divertida brincadeira com as imagens dos dois, no alto desse post,  foi publicada no ano passado por um usuário do Reddit.

Se eles fizessem essa troca de estilos seria mesmo o alvorecer da era da diplomacia capilar…

🙂

 

 

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