Blog do MAG https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br Thu, 30 May 2019 23:56:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Osorio, treinador do México, perdeu uma grande chance de ficar calado https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/osorio-treinador-do-mexico-perdeu-uma-grande-chance-de-ficar-calado/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/osorio-treinador-do-mexico-perdeu-uma-grande-chance-de-ficar-calado/#respond Tue, 03 Jul 2018 03:20:31 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/15305456995b3a4623a887d_1530545699_3x2_lg-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=799 O treinador Juan Carlos Osorio, da seleção mexicana, perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado. Depois da insofismável derrota de seu time para os brasileiros, saiu-se com um chororô lamentável na entrevista coletiva.

O colombiano disse que os quatro minutos de paralisação do jogo por conta de “um jogador” foi uma vergonha para o futebol e que a arbitragem, ao permitir interrupções, foi responsável pela quebra do ímpeto inicial de sua equipe.  Osório não citou o nome, mas referia-se a Neymar –que engoliu a bola e o México. O técnico esqueceu de dizer que o responsável pela interrupção foi, na realidade, quem pisou no tornozelo do craque brasileiro quando ele estava caído fora de campo.

Osório disse mais bobagens: que Neymar seria um mau exemplo para as crianças, que futebol é jogo viril, para homens, e que sua equipe controlou a partida por ter tido mais de posse de bola.

Bem. Neymar pode até ter feito algum teatro, mas ele foi a vítima e a dor é dele. Mau exemplo mesmo quem deu foi a seleção mexicana, que cometeu 17 faltas, contra 6 do Brasil –sem falar da demonstração de fair play que é pisar num adversário  no chão.

Sobre futebol ser jogo viril e para homens, sem comentários. Esperemos que o professor tenha pensado em dizer outra coisa e se enrolou.

Quanto a controlar o jogo por ter 51,4% de posse, contra 48,6% do Brasil, basta lembrar a Espanha, a seleção que mais deteve bola na Copa e foi desclassificada, como foram os mexicanos. Osorio levou um banho de bola tático, físico e técnico. Seu time cansou e foi envolvido pelos brasileiros. Tite deu aula.

Todos criticamos Neymar no início da competição por atitudes que pareciam mesmo equivocadas. Mas nos dois últimos jogos, ele tratou de jogar bola. E muita bola.

Ainda assim permanece essa onda patética de marcação sobre ele. Aliás, o ator Matthew Lewis, o Harry Potter, usou essa palavra numa rede social para definir a grande estrela do Brasil e da Copa. Patético. Outros também atacaram o brasileiro. Caso do conterrâneo de Lewis, o grande artilheiro inglês Gary Lineker.

Como assim?  E ninguém vai falar sobre o fato de Neymar estar sendo caçado em campo? É o jogador que mais levou faltas. Antijogo e violência não devem ser criticados?

Será que vi uma ponta de inveja nos comentários dos dois britânicos? Tudo bem que os ingleses inventaram o futebol, mas daí a querer acabar com ele vai uma distância.

 

FOTO – Neymar comemora seu gol contra o México – Fabrice Coffrini/AFP

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Espanha borda, borda, e Rússia passa; melhor morrer de vodca do que de tédio! https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/01/espanha-borda-borda-e-russia-passa-melhor-morrer-de-vodca-do-que-tedio/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/01/espanha-borda-borda-e-russia-passa-melhor-morrer-de-vodca-do-que-tedio/#respond Sun, 01 Jul 2018 17:10:43 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/15304643385b39085291270_1530464338_3x2_lg-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=785 Já tivemos manhãs dominicais menos modorrentas. Rússia e Espanha fizeram uma partida entediante. Das mais chatas da  Copa. Sim, tivemos peladas na fase de grupos, mas nas oitavas as coisas deveriam melhorar. Os russos são grossos e os ibéricos “phynos” demais. Bordam, bordam e não saem do bordado.

A vitória da Rússia foi merecida no final das contas.  E alegra o país. É motivo de festa para os donos da casa. Como dizia o poeta Vladimir Maiakóvski (1893-1930), é melhor morrer de vodca do que de tédio!

A chave do Brasil ficou com a tradição. Terá certamente um campeão mundial na semifinal. Talvez dois, o que poderia ser uma espécie de final antecipada. Do outro lado, a promessa de renovação. Croácia? Colômbia? Mesmo uma Inglaterra, que tem seu título, apareceria como novidade, dadas as performances depois de 1966.

Vamos ver o que sai dessa matriosca!

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Sansão às avessas, Neymar corta penteado e faz gol; time evolui https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/06/22/sansao-as-avessas-neymar-corta-penteado-e-faz-gol-time-evolui/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/06/22/sansao-as-avessas-neymar-corta-penteado-e-faz-gol-time-evolui/#respond Fri, 22 Jun 2018 18:19:40 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/15296767015b2d039d7b8e7_1529676701_3x2_md-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=720  

Acho que vou discordar de meus colegas da Folha que cobriram o jogo do Brasil contra a Costa Rica e escreveram que o time voltou a decepcionar.

A seleção me pareceu bem melhor do que na estreia. Se houve nervosismo, não foi o bastante para desorganizar a equipe como aconteceu contra a Suíça, quando a performance caiu depois do gol e despencou com o empate. O simples placar vitorioso contra a Costa Rica,  embora conquistado no final (mas no final também vale), não deixa dúvida sobre a melhora.

Tite substituiu bem (raro hoje em dia ver um técnico mudar jogador no intervalo em vez de retornar com a mesma formação para trocar com o segundo tempo já andado) e a seleção martelou o tempo todo. Teve muitas chances. Chutou mal a gol, esse foi o problema. Muita bola em cima do goleiro. E Neymar mandou para fora uma que em condições normais guardava.

O nosso craque maior ainda não voltou ao patamar em que estava antes da cirurgia. Está sem o famoso “tempo de bola”. Além disso, é um crianção narcísico, muitas vezes irritante, que não consegue controlar seu estrelismo de peladeiro. Mas joga muito. Se continuar evoluindo, as chances da seleção só aumentam. Ontem foi um Sansão às avessas: cortou o cabelo (aquilo era cabelo?), melhorou e fez um gol.

Ficou no ar a impressão de que Douglas Costa ganhou a posição. Entrou muito bem no lugar de Willian, que jogou  aquém do esperado nos dois jogos.

Paulinho saiu numa troca até certo ponto surpreendente, dando lugar a Firmino. Nesse esquema com o quarteto mais ofensivo ele aparece menos na área. Tem que ficar mais um pouco e perde parte do que é sua maior virtude – ser o tal “elemento surpresa” que se infiltra para marcar.

Tite pareceu um pouco mais calmo, apesar do tombo-meme. Na estreia só passou nervosismo para seus jogadores e errou ao dizer numa coletiva que o time não precisava ganhar o primeiro jogo porque até com 5 pontos poderia se classificar. Pode ser, mas um comandante não começa uma jornada dizendo aos comandados que não precisam ganhar. Veremos contra a Sérvia se a evolução continua.  França, Espanha e Bélgica estão jogando bem. Outros, como Alemanha, ainda podem se recuperar.  Tá osso, mas o Brasil pode chegar lá. O time é bom.

Foto – Neymar e Coutinho – Max Rossi / Reuters

 

 

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