Blog do MAG https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br Thu, 30 May 2019 23:56:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Parecido com ‘dream team’ da economia, Tite faz parte do fracasso dos anos Temer https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/12/parecido-com-dream-team-da-economia-tite-faz-parte-do-fracasso-dos-anos-temer/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/12/parecido-com-dream-team-da-economia-tite-faz-parte-do-fracasso-dos-anos-temer/#respond Thu, 12 Jul 2018 12:12:28 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/15309050945b3fc20633208_1530905094_3x2_lg-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=827 FOTO – Tite antes da derrota para a Bélgica – John Sibley/Reuters 

 

Incensado por amplos setores da mídia e conceituado como treinador moderno e eficiente, Tite mostrou-se nesta Copa em sintonia simbólica com a era Temer.

Fez lembrar o então chamado “dream team” da área econômica, que assumiu sob fogos de artifício com promessas de mudar o jogo e erguer a taça (ou melhor, o PIB): científico, cheio de razão, comprovadamente competente, com carreira triunfante na iniciativa privada… Só que depois de algumas vitórias aparentemente promissoras, não conseguiu fazer a reforma da Previdência e aumentou o gasto público…  Decepcionou a torcida de camisa amarela e voltou para casa antes da final, com um pibinho debaixo do braço.

A imagem de Tite, com todo seu incontestável currículo, seu jeito professoral de pastor e sua marra marqueteira, ficará um pouco como parte desse clima empolado e fracassado do “golpeachment”.

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A abstinência de Copa e o deslocamento de nosso complexo de vira-lata https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/a-abstinencia-de-copa-e-o-deslocamento-de-nosso-complexo-de-vira-lata/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/a-abstinencia-de-copa-e-o-deslocamento-de-nosso-complexo-de-vira-lata/#respond Wed, 04 Jul 2018 22:13:54 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/15296767015b2d039d7b8e7_1529676701_3x2_md-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=814 Liguei o Sportv nesta quarta, final da tarde, e deparei-me com um sensacional Coritiba x Paysandu. Minha síndrome de abstinência de Copa deu um passo rumo à depressão. Para quem gosta de futebol e para quem gosta de grandes eventos que mobilizam o planeta, é difícil largar a mamadeira. Cold turkey.

Dois dias sem Copa, meu Deus, não estava preparado para isso. Esperemos que na volta, as coisas saiam bem para a seleção brasileira e a gente deixe a adição feliz, com um caneco na mão.

Mas creio que essa Copa marcou uma diferença no modo como o Brasil encara a grande disputa  internacional do esporte mais popular do mundo. Do lado do futebol, muita coisa mudou, a principal delas o processo de globalização que se consolidou na Europa, onde times são multinacionais e com frequência melhores do que muitas seleções. Algumas partidas dessa Copa, em termos técnicos e competitivos, não pegavam nem Série A do Brasileirão, quem dirá Champions League.

A outra é que o nosso complexo de vira-lata já não reside mais no futebol ou não se desfaz mais com ele. Não sublima mais. Já somos os melhores nesse troço. Reside agora na nossa incapacidade de passar de fase no campeonato social e econômico. É evidente que o Brasil nesses campos tem tudo para avançar, mas os dirigentes só atrapalham.  Todos sabemos que temos condições potenciais de sair da fase de grupos. Infelizmente somos desorganizados, treinamos mal e tomamos muitos gols contra.

O que vejo é uma certa moderação ou modulação do investimento cívico de boa parte da sociedade na ideia de ganhar a Copa. O futebol vai se tornando, possivelmente, “apenas” futebol (as aspas são porque o futebol é muito rico e cheio de conexões e nunca é apenas futebol).

É bom que caminhemos nesse sentido. Mas esquecendo o resto, em se tratando de bola rolando no gramado, queremos é mais!

 

Foto no alto – Neymar e Coutinho na partida contra a Costa Rica, na fase grupos – Max Rossi / Reuters

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Osorio, treinador do México, perdeu uma grande chance de ficar calado https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/osorio-treinador-do-mexico-perdeu-uma-grande-chance-de-ficar-calado/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/osorio-treinador-do-mexico-perdeu-uma-grande-chance-de-ficar-calado/#respond Tue, 03 Jul 2018 03:20:31 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/15305456995b3a4623a887d_1530545699_3x2_lg-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=799 O treinador Juan Carlos Osorio, da seleção mexicana, perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado. Depois da insofismável derrota de seu time para os brasileiros, saiu-se com um chororô lamentável na entrevista coletiva.

O colombiano disse que os quatro minutos de paralisação do jogo por conta de “um jogador” foi uma vergonha para o futebol e que a arbitragem, ao permitir interrupções, foi responsável pela quebra do ímpeto inicial de sua equipe.  Osório não citou o nome, mas referia-se a Neymar –que engoliu a bola e o México. O técnico esqueceu de dizer que o responsável pela interrupção foi, na realidade, quem pisou no tornozelo do craque brasileiro quando ele estava caído fora de campo.

Osório disse mais bobagens: que Neymar seria um mau exemplo para as crianças, que futebol é jogo viril, para homens, e que sua equipe controlou a partida por ter tido mais de posse de bola.

Bem. Neymar pode até ter feito algum teatro, mas ele foi a vítima e a dor é dele. Mau exemplo mesmo quem deu foi a seleção mexicana, que cometeu 17 faltas, contra 6 do Brasil –sem falar da demonstração de fair play que é pisar num adversário  no chão.

Sobre futebol ser jogo viril e para homens, sem comentários. Esperemos que o professor tenha pensado em dizer outra coisa e se enrolou.

Quanto a controlar o jogo por ter 51,4% de posse, contra 48,6% do Brasil, basta lembrar a Espanha, a seleção que mais deteve bola na Copa e foi desclassificada, como foram os mexicanos. Osorio levou um banho de bola tático, físico e técnico. Seu time cansou e foi envolvido pelos brasileiros. Tite deu aula.

Todos criticamos Neymar no início da competição por atitudes que pareciam mesmo equivocadas. Mas nos dois últimos jogos, ele tratou de jogar bola. E muita bola.

Ainda assim permanece essa onda patética de marcação sobre ele. Aliás, o ator Matthew Lewis, o Harry Potter, usou essa palavra numa rede social para definir a grande estrela do Brasil e da Copa. Patético. Outros também atacaram o brasileiro. Caso do conterrâneo de Lewis, o grande artilheiro inglês Gary Lineker.

Como assim?  E ninguém vai falar sobre o fato de Neymar estar sendo caçado em campo? É o jogador que mais levou faltas. Antijogo e violência não devem ser criticados?

Será que vi uma ponta de inveja nos comentários dos dois britânicos? Tudo bem que os ingleses inventaram o futebol, mas daí a querer acabar com ele vai uma distância.

 

FOTO – Neymar comemora seu gol contra o México – Fabrice Coffrini/AFP

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Espanha borda, borda, e Rússia passa; melhor morrer de vodca do que de tédio! https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/01/espanha-borda-borda-e-russia-passa-melhor-morrer-de-vodca-do-que-tedio/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/07/01/espanha-borda-borda-e-russia-passa-melhor-morrer-de-vodca-do-que-tedio/#respond Sun, 01 Jul 2018 17:10:43 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/15304643385b39085291270_1530464338_3x2_lg-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=785 Já tivemos manhãs dominicais menos modorrentas. Rússia e Espanha fizeram uma partida entediante. Das mais chatas da  Copa. Sim, tivemos peladas na fase de grupos, mas nas oitavas as coisas deveriam melhorar. Os russos são grossos e os ibéricos “phynos” demais. Bordam, bordam e não saem do bordado.

A vitória da Rússia foi merecida no final das contas.  E alegra o país. É motivo de festa para os donos da casa. Como dizia o poeta Vladimir Maiakóvski (1893-1930), é melhor morrer de vodca do que de tédio!

A chave do Brasil ficou com a tradição. Terá certamente um campeão mundial na semifinal. Talvez dois, o que poderia ser uma espécie de final antecipada. Do outro lado, a promessa de renovação. Croácia? Colômbia? Mesmo uma Inglaterra, que tem seu título, apareceria como novidade, dadas as performances depois de 1966.

Vamos ver o que sai dessa matriosca!

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Empresa cria super-herói Neymar; então já é hora de o craque largar a chupeta https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/06/26/empresa-cria-super-heroi-neymar-entao-ja-e-hora-de-o-craque-largar-a-chupeta/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/06/26/empresa-cria-super-heroi-neymar-entao-ja-e-hora-de-o-craque-largar-a-chupeta/#respond Tue, 26 Jun 2018 12:03:36 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/img_3780-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=746 Uma empresa internacional está construindo um super-herói a partir da figura de Neymar Jr. para ser lançado nas redes sociais e em outras mídias, virtuais e físicas. A idéia é que os superpoderes do personagem sejam suas tatuagens, que ganharão vida.

Neymar é um superstar global que, segundo se contabiliza, ganha mais de R$ 3 milhões por semana só de salário. Méritos dele. É o mito que mita. E parece gostar muito disso. É midiático até o último fio de cabelo. Aproveitou o momento em que o mundo inteiro estaria de olho nele –a estreia da seleção na Copa– para aparecer com um corte de cabelo tipo vai causar. Alguns chegaram a considerar que o assunto seria da esfera privada.

À diferença do que vale para uma pessoa comum, é muito menor, no caso de um superstar, o círculo protegido pela privacidade. Ele vive no mundo da fama, da exposição pública, do marketing pessoal, do show-off.   Um choro no centro do picadeiro, transmitido ao vivo para o mundo, não pode ser considerado simplesmente um momento íntimo.

Foi muito fácil entender o que Neymar disse ao árbitro de Brasil x Costa Rica a certa altura do jogo, quando este, num gesto leve, tocou a mão no supercraque brasileiro: “don’t touch me, don’t touch me”. Engraçado, porque brasileiros em geral tocam os outros e são tocados. O tapinha no ombro e o desagradável tapinha na barriga… Clássicos. Muitos europeus e norte-americanos estranham bastante e não gostam. Essa de “don’t touch me”, ele deve aprendido por lá.

O fato é que cheio desses não me toques, o nosso craque maior está se tornando um chato. Joga muita bola, não se discute. Mas já está na hora de largar a chupeta, parar de fazer manha, de provocar os amiguinhos, de jogar o brinquedinho na parede e xingar a babá.

Quando Casagrande disse, com razão, que parte da mídia estava criando um monstro ao passar a mão na cabeça de Neymar, o pai ficou ofendido e atacou o comentarista e ex-ídolo do Corinthians. Fechado com uma turma de “parças”, que pega carona com o amigo famoso nas redes sociais, ele parece viver sob o império do ego. Quem o critica é “anti”.

Só que na Europa, Neymar há tempos é alvo de críticas de gente grade por atitudes constrangedoras e desnecessárias, como provocações bobocas em campo a colegas de profissão. Aos poucos seus gestos foram alimentando uma legião de “haters”.

Neste momento, faria um bem a todos e a ele mesmo se tratasse de se concentrar  em jogar futebol. Neymar, seu craque, ganha essa caneco para o Brasil! Não vamos querer que você seja um Federer, mas menos mimimi e mais fair play!

 

FOTO ACIMA – Neymar depois da vitória contra a seleção da Costa Rica – Ricardo P./Código19/Folhapress

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Sansão às avessas, Neymar corta penteado e faz gol; time evolui https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/06/22/sansao-as-avessas-neymar-corta-penteado-e-faz-gol-time-evolui/ https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/2018/06/22/sansao-as-avessas-neymar-corta-penteado-e-faz-gol-time-evolui/#respond Fri, 22 Jun 2018 18:19:40 +0000 https://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/15296767015b2d039d7b8e7_1529676701_3x2_md-320x213.jpg http://blogdomag.blogfolha.uol.com.br/?p=720  

Acho que vou discordar de meus colegas da Folha que cobriram o jogo do Brasil contra a Costa Rica e escreveram que o time voltou a decepcionar.

A seleção me pareceu bem melhor do que na estreia. Se houve nervosismo, não foi o bastante para desorganizar a equipe como aconteceu contra a Suíça, quando a performance caiu depois do gol e despencou com o empate. O simples placar vitorioso contra a Costa Rica,  embora conquistado no final (mas no final também vale), não deixa dúvida sobre a melhora.

Tite substituiu bem (raro hoje em dia ver um técnico mudar jogador no intervalo em vez de retornar com a mesma formação para trocar com o segundo tempo já andado) e a seleção martelou o tempo todo. Teve muitas chances. Chutou mal a gol, esse foi o problema. Muita bola em cima do goleiro. E Neymar mandou para fora uma que em condições normais guardava.

O nosso craque maior ainda não voltou ao patamar em que estava antes da cirurgia. Está sem o famoso “tempo de bola”. Além disso, é um crianção narcísico, muitas vezes irritante, que não consegue controlar seu estrelismo de peladeiro. Mas joga muito. Se continuar evoluindo, as chances da seleção só aumentam. Ontem foi um Sansão às avessas: cortou o cabelo (aquilo era cabelo?), melhorou e fez um gol.

Ficou no ar a impressão de que Douglas Costa ganhou a posição. Entrou muito bem no lugar de Willian, que jogou  aquém do esperado nos dois jogos.

Paulinho saiu numa troca até certo ponto surpreendente, dando lugar a Firmino. Nesse esquema com o quarteto mais ofensivo ele aparece menos na área. Tem que ficar mais um pouco e perde parte do que é sua maior virtude – ser o tal “elemento surpresa” que se infiltra para marcar.

Tite pareceu um pouco mais calmo, apesar do tombo-meme. Na estreia só passou nervosismo para seus jogadores e errou ao dizer numa coletiva que o time não precisava ganhar o primeiro jogo porque até com 5 pontos poderia se classificar. Pode ser, mas um comandante não começa uma jornada dizendo aos comandados que não precisam ganhar. Veremos contra a Sérvia se a evolução continua.  França, Espanha e Bélgica estão jogando bem. Outros, como Alemanha, ainda podem se recuperar.  Tá osso, mas o Brasil pode chegar lá. O time é bom.

Foto – Neymar e Coutinho – Max Rossi / Reuters

 

 

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