Parecido com ‘dream team’ da economia, Tite faz parte do fracasso dos anos Temer

Marcos Augusto Gonçalves

FOTO – Tite antes da derrota para a Bélgica – John Sibley/Reuters 

 

Incensado por amplos setores da mídia e conceituado como treinador moderno e eficiente, Tite mostrou-se nesta Copa em sintonia simbólica com a era Temer.

Fez lembrar o então chamado “dream team” da área econômica, que assumiu sob fogos de artifício com promessas de mudar o jogo e erguer a taça (ou melhor, o PIB): científico, cheio de razão, comprovadamente competente, com carreira triunfante na iniciativa privada… Só que depois de algumas vitórias aparentemente promissoras, não conseguiu fazer a reforma da Previdência e aumentou o gasto público…  Decepcionou a torcida de camisa amarela e voltou para casa antes da final, com um pibinho debaixo do braço.

A imagem de Tite, com todo seu incontestável currículo, seu jeito professoral de pastor e sua marra marqueteira, ficará um pouco como parte desse clima empolado e fracassado do “golpeachment”.